oiço o teu palpitar
a baloiçar na corda bamba
de uma promessa falhada
afogando o tempo no contratempo
o fio de prumo converge os pontos
em linhas curvas do desencontro
a luz do teu transpirar quente
revela a tortura de um gemido obscuro
rangendo as grades em mármores
feito de lama ebanal do teu peito sem jeito
água do copo entornado
nunca mata a sede ao corpo
mas o cântaro que vai a fonte
um dia até lá se encontra o amparo
A.Quade
30.08.2003
Sem comentários:
Enviar um comentário