debruçado no ombro
de um verso amigo
a depositar o peso rotineiro
do existencial castigo
embriaguei-me
ao calor da áfrica
perfume cinza-rubro da guiné
contemplei o penteado do geba
beijando pindjiguiti deleitável
ondas batendo asas
no batente
do meu coração
vi brotar a paz nas alturas
andorinhas construindo
ninhos - com carinho
nas profundezas pacíficas do oceano
moldura musical de pombas
trombeteando
sinfonia de estrelas
no jazz pulaar
de kaabu que harmoniza
o balafong
do meu coração
melodia das cigarras –korá
no paraíso idílico da ostentação
divórcio
no canal de suez
bomba
anti-panafricanista
abominação
negro-genética
celeuma
do destino ocidental -
áfrica rainha
virgem desonrada!
ansiei a azeitona
preta do meu pomar
chabéu que me levava à cachéu
deixo flutuar no ar o chapéu
para testemunhar
às ondas do mar
à sombra do céu sem véu
o divórcio intestinal do poeta
que o tempo
fez réu
(Adão Quadé)
sábado, novembro 19, 2005
ANSIEDADES
Publicada por Ndongle Akudeta à(s) sábado, novembro 19, 2005
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