o peso da cabeça
esconde a minha simplicidade
sou um pórtico em grafite
docas estampadas de sobriedade
sobre este tronco sem remessas
saltam marujos gravitantes ao convite
amotinam-se as ondas em vaidade
as brisas tranquilizantes
corrompem tudo em luto
apelando ao silêncio gritante
a musica é assustadora ao pôr-do-sol..
as veias pervertidas comprometem
a minha extroversão
aponto o indicador sempre ao alto
bom dia - preceito da minha domação
a força nunca me traiu a vontade
ouvir a vizinhança a amaldiçoar
o meu nome indicia atentado
contra a humanidade
logro do fogo da compaixão
logo toda a cumplicidade
é abençoada ao amanhecer
fermentos dos meus bolos
coctail do desgrato
a minha esquerda é sacra
e basta um lindo sorrir
transversal da mulher me consolo:
poção mágica em redemoinho
para esconjurar o enfadonho
chave miraculosa da grande fortuna
que o dia guardara para mim
Adão Quadé
Santos, 09.07.03
04:00
quinta-feira, maio 11, 2006
Simplicidade
Publicada por Ndongle Akudeta à(s) quinta-feira, maio 11, 2006
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