sexta-feira, julho 21, 2006

Meditação do Tchintchor


Deixa-me esculpir
o teu pensamento
nas barbatanas das brisas

tatuar no peito da lua crisa
com o colar do teu sentimento
o balbúcio das brumas de antemanhãs
colosso d’alegria perpetuar
na aldeia de esperança espreitante

O eco do teu sorriso carregando
o obolum de um palpitar crepitante
sob o qual meu coração se afogando
desvairadamente

Sede bem-aventurados
ó cortesia nupcial
de radis com chuva
torrencial

apadrinhados pela noite em cristal
na reconciliação
da terra ansiosa com o céu índigo

na meditação crucial
do tchintchor


Adão Quadé
Bissau,31.07.99

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